Conferência da ONU no Peru define rumo das mudanças climáticas

Conferência da ONU no Peru define rumo das mudanças climáticasA COP 20, 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, acontece em Lima no Peru desde o início da semana e a expectativa é que as negociações desta vez definam um novo rumo para as mudanças climáticas para os próximos anos.

O principal objetivo é negociar um possível novo acordo climático de redução das emissões de gases estufa, que viria a ser assinado no final de 2015, na COP-21, em Paris.

 

O relatório “Diminuir o Calor: Confrontando o novo padrão climático”, publicado pelo Banco Mundial antes da conferência, alertou novamente sobre a necessidade urgente de medidas para amenizar as mudanças do clima.

 

Segundo o relatório, se os países não agirem imediatamente, a probabilidade é de que até o final deste século a temperatura média suba em relação aos níveis pré-industriais de 1,5°C, que é a atual previsão, para 4°C.

 

Conforme a publicação, se o novo padrão climático persistir, podem surgir alterações irreversíveis e em grande escala. De acordo com o relatório, o aumento das temperaturas globais afeta cada vez mais a saúde e as condições de vida dos povos mais vulneráveis, agravando situações de fome e sede.

 

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, afirmou que “o relatório confirma que as emissões do passado estabeleceram uma trajetória inevitável rumo ao aquecimento nas próximas duas décadas, o que afetará mais seriamente os mais pobres e os mais vulneráveis do mundo”.

 

Em áreas centrais de produção agrícola, à medida que a produtividade agrícola diminui devido à seca, os recursos hídricos se alteram e os meios de subsistência de milhões de pessoas são postos em risco.

 

A zona costeira da América Latina e o Caribe, o Oriente Médio e o Norte da África e algumas partes da Europa e da Ásia Central foram destacadas por estarem expostas ao risco de calor extremo. Em áreas costeiras, o derretimento das geleiras pode subir o nível do mar e causar fortes inundações em cidades e comunidades.

 

“A boa notícia é que podemos tomar medidas para reduzir o ritmo da mudança climática e promover o crescimento econômico, medidas essas que acabarão por interromper essa perigosa trajetória que estamos seguindo”, ressaltou o presidente do Banco Mundial.

Fonte: adaptado de Ecodesenvolvimento e ecodebate

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