Documentário mostra montagem de jardim vertical em prédio de São Paulo

Documentário mostra montagem de jardim vertical em prédio de São PauloQuando o assunto é arquitetura sustentável, os jardins verticais popularizam-se cada vez mais em todo o mundo. 
O documentário mostra o processo de montagem do jardim vertical do Edifício Honduras, situado ao lado do Minhocão, em São Paulo. A iniciativa foi do Movimento 90º, principal incentivador deste tipo de espaço na maior cidade do Brasil. Engajado, o grupo tem espalhado jardins por diversos cantos da capital paulista, como contribuição para a melhoria de vida dos habitantes.

Segundo o Movimento 90º, cerca de 400 prédios do centro expandido podem ser forrados por jardins e mudar a paisagem urbana da cidade. O grupo nasceu por meio de um estudante de paisagismo e um de arquitetura que, incomodados com a falta de espaços verdes e o hábito de moradores de viajar para outros lugares em busca de contato com a natureza, tiveram a ideia de criar os paredões, também conhecidos como “empenas cegas”.

noticia-parede-verde-2Hoje, o Movimento 90º reúne dezenas de integrantes, que em maio de 2013 lançou até um manifesto no qual defendem a instalação de jardins verticais. Até dezembro, três projetos haviam se tornado realidade: um na rua Augusta, um na rua Aspicuelta e outro no Minhocão.
A inspiração veio do trabalho do botânico francês Patrick Blanc. Considerado o “pai dos jardins verticais”, o especialista começou a implantá-los a partir da década de 1990.
Como funciona
De acordo com o Movimento 90º, o primeiro passo do processo é o mapeamento das áreas. Em seguida vem a tarefa (nada fácil) de convencer os moradores, para depois correr atrás de patrocinadores.
O jardim é construído sobre um suporte instalado a 5 centímetros de distância da parede, o que afasta o risco de infiltração. Há sistemas de irrigação e fertilização automáticos paralelos que, no caso de incidência de pragas, podem ser usados para pulverização de pesticidas. A implantação leva cerca de 20 dias.
Legado para a cidade
noticia-antes-e-depoisO patrocinador banca o projeto de um a três anos e se compromete a retirar o jardim no fim do prazo, caso o condomínio se recuse a assumir os custos de manutenção. A dificuldade de conseguir patrocinadores, segundo o paisagista Guil Blanche (um dos integrantes do movimento) afirmou ao portal IG, está em encontrar diretores de marketing dispostos a “deixar um legado para a cidade”. Na implantação do projeto, o desafio é lidar com a estrutura antiga das paredes e a falta de espaço físico no entorno.
A instalação dos jardins diminui em 60% a concentração de fuligem no entorno e em 30% a poluição em geral. O barulho reverberado pelos paredões é abafado pelas plantas e a incidência de sol e calor, amenizada. O maior desejo de Blanche é ver o Minhocão transformado em um corredor verde, com a ocupação das 140 “empenas cegas” mapeadas formando um verdadeiro parque vertical.

Fonte: ecodesenvolvimento.org

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