É hora de virar o jogo
por Fernando de Barros
Formei-me em 1973, portanto há 37 anos, na PUC-RJ, em Engenharia Civil. Na época, os engenheiros ainda eram treinados para “domar a natureza”: abrir estradas, limpar o terreno e erguer as obras – o que importava era o desenvolvimento. Em minha formação, quase nada se comentou sobre os impactos de nossa atividade no meio ambiente. Não se pensava sobre isso naquele tempo. Na vida profissional do engenheiro de obras, as árvores eram – e, para muitos, ainda são – um obstáculo a ser vencido. Em nossos barracões, sempre havia dois ou três machados, que eram utilizados com grande freqüência sem a menor cerimônia ou sentimento de culpa.