Janeiro de 2015 registra recorde de foco de queimadas

Janeiro de 2015 registra recorde de foco de queimadasO Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou janeiro de 2015 como o mês com o maior índice de queimadas desde 1999. Aquele ano marcou o início da comparação diária da ocorrência de incêndios no país, feita por meio do monitoramento por satélite.

Na última quinta-feira (29/1), a página do projeto de Monitoramento de Queimadas do INPE registrou mais de 4 mil focos, sendo que em janeiro de 2014 foram 2.634 focos. O recorde anterior para este mês foi em 2005, com 4.047 focos.

“Isso não significa que 2015 será um ano mais crítico do que os anteriores”, ressalva o pesquisador do Instituto, Fabiano Morelli. Conforme ele, o fato de 2014 ter sido um ano seco com focos acima da média pode reverter o quadro de janeiro deste ano, desde que haja precipitação em níveis normais.

Para o Instituto, os números devem servir de alerta à sociedade, já que a maioria das queimadas e incêndios resulta da ação do homem, ainda que o clima propicie a propagação do fogo.

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Iniciativa pioneira, a detecção sistemática de focos de calor realizada pelo INPE é considerada a mais completa em todo mundo. Desde 1987 são aprimoradas as tecnologias para o monitoramento por satélite, muito útil para regiões remotas sem meios intensivos de acompanhamento, cenário geral do Brasil.

Diariamente, são gerados e distribuídos centenas de produtos, dentre eles coordenadas geográficas dos focos, alertas por e-mail de ocorrências em áreas de interesse especial, risco de fogo e estimativas de concentração de fumaça. Dados como esses são divulgados pelo site do Instituto gratuitamente, com acesso disponível três horas após a geração.

As técnicas envolvidas no processo incluem métodos de detecção de focos com satélites, sistemas de informação geográfica, modelos de risco de fogo, entre outros. Na página, além da atualização diária dos focos de calor, o INPE fornece um sistema geográfico de informações específico para as unidades de conservação do país.

Este tipo de monitoramento auxilia o governo federal, em particular o Ibama, no acompanhamento de situações de risco, assim como os órgãos de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, no combate às queimadas. Entre os usuários regulares estão secretarias estaduais do meio ambiente, ONGs, cidadãos e países vizinhos com livre acesso ao sistema.

Fonte: Com informações do portal ecodeba
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