A crise hídrica veio para ficar
Só vê quem não quer. A falta de água de qualidade para abastecimento é o maior temor mundial para os próximos dez anos, relatou o Fórum Econômico Mundial, segundo divulgação da Revista Exame. Enquanto os economistas e líderes mundiais debatem na Suíça, aqui nos trópicos houve quem comparasse a crise hídrica em São Paulo ao Ensaio sobre a Cegueira, romance de José Saramago adaptado para o cinema.




A preocupação com a possibilidade de enfrentar uma crise de abastecimento motivou um casal de Osasco, na Grande São Paulo, a montar, na própria residência, um sistema de captação de água da chuva. Conforme explica o ex-analista de suporte em informática, Valdir Albino, 67, o intuito foi evitar o desperdício de água.
O comitê que avalia e acompanha a crise no Cantareira decidiu que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deve retirar menos água dos reservatórios do sistema. A informação foi divulgada quarta-feira (2) pelo Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG). Já na última quinta-feira (3), o volume acumulado do Cantareira atingiu 20% do total.


Água potável é um bem que ainda não está acessível a todas as pessoas no mundo. Pensando em uma solução prática para este problema, o arquiteto italiano Arturo Vittori criou a WarkaWater, uma torre que capta o vapor de água atmosférico e o transforma em água própria para o consumo.



O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que até 2030 quase metade da população global terá problema de abastecimento e ficar sem água. Isso vai acontecer porque, daqui a 17 anos, a demanda por água vai superar a oferta em mais de 40%.



