Nova Versão da ABNT NBR 10004:

Nova Versão da ABNT NBR 10.004: Entenda as Mudanças na Classificação de Resíduos e Como Sua Empresa Deve se Preparar

Em 2024, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a nova versão da norma que trata da classificação de resíduos sólidos no Brasil. Agora dividida em duas partes – ABNT NBR 10004-1:2024 e ABNT NBR 10004-2:2024 – a atualização traz mudanças importantes para indústrias, empresas geradoras de resíduos e profissionais da área ambiental.

A nova estrutura normativa redefine critérios e procedimentos para a classificação de resíduos, estabelecendo um sistema mais técnico e alinhado com diretrizes internacionais. O período de transição vai até 31 de dezembro de 2026, mas nada impede que empresas mais preparadas já iniciem a adoção das novas diretrizes.

O que muda com a nova norma?

A principal novidade é a criação do Sistema Geral de Classificação de Resíduos (SGCR), detalhado na parte 2 da norma (NBR 10004-2:2024), e o novo modelo de classificação, baseado em quatro etapas obrigatórias. Além disso, a norma busca maior precisão na avaliação dos resíduos e fornece critérios claros para determinar a periculosidade.

Novas classes de resíduos:

  • Classe 1 – Perigosos: resíduos que apresentam riscos à saúde humana ou ao meio ambiente devido a características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, entre outros.
  • Classe 2 – Não Perigosos: resíduos que não se enquadram nos critérios de periculosidade, mas que ainda podem causar impactos negativos se manejados de forma inadequada.

O novo processo de classificação em 4 passos:

  1. Enquadramento pela Lista Geral de Resíduos (LGR): O resíduo é inicialmente classificado com base em uma listagem anexa à norma.
  2. Avaliação de Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs): Verifica-se a presença de substâncias extremamente tóxicas e persistentes no ambiente.
  3. Análise de propriedades físico-químicas: São avaliadas características como inflamabilidade, corrosividade e reatividade, que indicam riscos potenciais.
  4. Avaliação de toxicidade: A nova abordagem detalha os critérios de toxicidade aguda e crônica, exigindo análise mais complexa.

Por que sua empresa deve se atentar?

Embora o prazo para transição vá até 2026, o quanto antes sua organização se adequar, melhor. Isso porque a adoção da nova norma pode impactar diretamente:

  • Os procedimentos de destinação de resíduos;
  • As responsabilidades legais e contratuais com transportadores e unidades de tratamento;
  • A conformidade com auditorias ambientais;
  • E até mesmo o acesso a licenças ambientais.

O apoio técnico faz toda a diferença

Adequar-se à nova NBR 10004 exige conhecimento técnico, experiência laboratorial e domínio das normas correlatas. Por isso, contar com uma consultoria ambiental especializada é essencial para realizar a reclassificação correta dos resíduos e elaborar laudos e pareceres técnicos em conformidade com as exigências atuais. A consultoria conduzirá essa mudança de modo a prevenir autuações ambientais e garantir segurança jurídica, além de buscar a redução de custos com destinação inadequada e retrabalho documental.

A Master Ambiental possui equipe multidisciplinar com experiência em gestão e classificação de resíduos, atuando com rigor técnico e atenção às atualizações legais. Estamos preparados para orientar sua empresa durante todo o processo de transição para a nova norma, promovendo segurança, agilidade e conformidade ambiental.

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Sobre o Autor: Fernando de Barros

Engenheiro Civil, especialista em Planejamento e Gestão
Ambiental, mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento. Auditor e Perito Judicial Ambiental. Diretor e Responsável Técnico da Master Ambiental.