Esgoto será tratado para consumo em SP
Em meio a maior crise hídrica da história, duas Estações de Produção de Água de Reuso (Epar) serão construídas para o tratamento de água em São Paulo, com previsão para uso no final de 2015. A informação foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin na última quarta-feira (5).A fim de reduzir a dependência das chuvas e do Sistema Cantareira, a medida irá permitir que o esgoto seja tratado e, posteriormente, lançado nas bacias dos sistemas Guarapiranga e Alto Cotia.



Concebido nos Estados Unidos, o sistema Nexus e Water foi desenvolvido para reduzir o desperdício de água e energia. Para isso, o aparelho recicla a água cinza, ao mesmo tempo em que aproveita o calor proveniente da água residual para aquecer, novamente, a água limpa.
Se a água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, para produzi-la bastaria unir os três elementos, certo? Ainda que as leis da natureza não funcionem bem assim, o engenheiro mecatrônico, Pedro Ricardo Paulino, abusou da criatividade ao desenvolver uma máquina que produz água a partir do ar. Morador de Valinhos, localizada a 85 Km de São Paulo, ele concebeu a inovação em meio a maior crise hídrica da história.

Entre 2008 e 2012, junto com pesquisadores, o piloto Gerard Moss, sobrevoou diversas regiões brasileiras, sobretudo a Amazônica. O objetivo era recolher amostras de vapor de água das nuvens e traçar os caminhos daquilo que os cientistas denominam “rios voadores”.
Água potável é um bem que ainda não está acessível a todas as pessoas no mundo. Pensando em uma solução prática para este problema, o arquiteto italiano Arturo Vittori criou a WarkaWater, uma torre que capta o vapor de água atmosférico e o transforma em água própria para o consumo.


Após dez dias de visita ao Brasil, a relatora especial das Nações Unidas sobre Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque, apresentou em dezembro de 2013 as suas conclusões preliminares e as recomendações iniciais ao governo brasileiro sobre as condições sanitárias do país. A relatora disse que ficou chocada com as desigualdades regionais no acesso ao saneamento básico, sendo a Região Norte a mais afetada.
De onde vem e para onde vai a água utilizada na exploração do gás de xisto? Essas questões geram frequentes debates, uma vez que produtos químicos são utilizados nesse tipo de extração. De acordo com o conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o pesquisador Jailson de Andrade, ainda faltam estudos criteriosos sobre o assunto. Andrade alerta, sobretudo, para a carência de informações que identifiquem onde as jazidas de gás natural estão localizadas e se estão perto de aqüíferos importantes. “Os estudos realizados até agora são contestados. Não se sabe para onde vai a água contaminada por produtos químicos utilizados na exploração do gás. Ainda não há uma experiência no Brasil que possa se tomar como base. Falta informação”, diz.





