Gestão de Recursos Hídricos em foco na Indústria

Como a gestão ambiental nas indústrias deve minimizar impactos para a água? Esse foi o centro do debate em mesa redonda realizada ontem, 22 de março, no SENAI de Londrina – PR
noticia-gestao-de-recursos-hidricos-pelas-industrias-2Como a gestão ambiental das indústrias devem se preocupar com a qualidade da água? Quais as melhores práticas para minimizar a pressão da indústria sobre os recursos hídricos?

A respeito dessas questões foi realizada Mesa Redonda no Senai de Londrina – PR, no 3º Simpósio do Meio Ambiente: Gestão dos Recursos Hídricos na Indústria, evento realizado anualmente pela Faculdade de Tecnologia Senai Londrina com a proposta de discutir a importância da gestão ambiental para as indústrias e debater políticas, tecnologias, pesquisas, entre outros enfoques.

A responsabilidade das indústrias pela gestão das águas foi abordada pelos palestrantes: Gil Gameiro,Sanepar; Henrique Luvison G. da Silva – Klabin Papel e Celulose S/A; Fernando de Barros – Master Ambiental e Maria Josefa Santos Yabe – UEL.

O diretor da Master Ambiental, o engenheiro Fernando de Barros, contextualizou sobre a bacia hidrográfica do Rio Tibagi, na qual Londrina se insere, levantando o debate sobre a recente proposta da Sanepar de diminuir a classe do rio e seus afluentes, atualmente classe 2, para classe 3, permitindo usos mais impactantes para a qualidade da água.

Barros destacou a questão dos efluentes industriais, que muitas vezes não seguem os parâmetros de lançamento nos corpos hídricos estabelecidos pela legislação, tais como a Resolução Conama 357/2005, alterada pela Resolução Conama 410/2009 e 430/2011. “A legislação é boa, mas ainda pouco aplicada e fiscalizada”, alerta.

Em comparação com outras regiões do Brasil, o engenheiro lembrou que Londrina possui características positivas, como alto índice de coleta e tratamento de esgoto doméstico e diversos rios e afluentes ainda em seu curso natural. Porém, a contaminação por erosão e assoreamento, agrotóxicos, além dos efluentes lançados por atividades industriais sem o tratamento adequado e completo, comprometem a qualidade das águas na região.

Barros citou como exemplo de responsabilidade ambiental o caso do sistema de tratamento de efluentes projetado pela Master Ambiental pela concessionária da Mercedes Benz Ingá Veículos, de Maringá. O sistema permite o reuso de água da lavagem de veículos e foi premiado.

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Como recomendação para os gestores ambientais da empresa, Barros lembra a importância de realizar o auto monitoramento efetivo para garantir os padrões de lançamento de efluente. “Possuir um Sistema de Gestão Ambiental conforme a Norma ISO 14.001:2015 leva a melhoria contínua, só acredito em empresa com responsabilidade ambiental se tiver certificação segundo a ISO, com sistema implantado e funcionando, inclusive com monitoramentos permanentes. Quem afirma que tem responsabilidade ambiental e não tem a ISO 14.0001:2005 está fazendo publicidade enganosa”, afirmou.

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