CETESB exige inventário de emissão de Gases de Efeito Estufa

Inventário quantifica gases emitidos por indústrias que agravam mudanças do clima

 Gases de Efeito EstufaA Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) passou a exigir desde agosto deste ano a apresentação de inventários de Gases de Efeito Estufa (GEEs), emitidos por um rol de indústrias potencialmente poluidoras definidas na Portaria nº254/2012. Dentre os GEEs mais conhecidos, cita-se o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4).

O responsável técnico da Master Ambiental, engenheiro Fernando de Barros, acredita que a CETESB saiu na frente de muitos outros órgãos ambientais por estabelecer a regulamentação. “As indústrias citadas na portaria da CETESB possuem processos de fundições em altíssimas temperaturas e por isso para elas passou a ser exigido primeiro”, reconhece.

Segundo Barros, envolvem alto consumo de calor e energia, como os processos de produção de alumínio e cimento; indústrias petroquímicas; refinarias de petróleo; termelétricas movidas a combustíveis fósseis e indústrias de papel e celulose que utilizam fornos de cal.

O relatório também já é obrigatório no estado do Rio de Janeiro desde o início deste ano. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) o exige para atividades como aterros sanitários, petroquímicas, refinarias, estações de tratamento de esgotos, unidades de processamento de gás natural, termelétricas a combustíveis fósseis.

O engenheiro observa que a apresentação do inventário, além de ser condicionante para o licenciamento ambiental, também contribuí para a eficiência energética. “A nossa economia ainda é baseada no carbono, mas se as empresas adotam o inventário anualmente, elas reduzem as emissões de gases de efeito estufa, o que pode trazer economia a médio e longo prazo”, analisa.

A exigência passa a dar mais efetividade à Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), instituída pela Lei nº 12.187/2009, que definiu como objetivo geral a identificação de medidas para prevenir, reduzir ou evitar as causas da mudança climática e que deve ser aplicada em todo país.

Para o biólogo e consultor ambiental da Master ambiental Pedro Jardim, a retirada desses gases da atmosfera pode acarretar outros benefícios além da amenização do efeito estufa. “O plantio de árvores nativas é uma forma de retirar o gás carbônico, que também melhora a biodiversidade local”,acrescenta.

Conforme Jardim, “o inventário é um diagnóstico interessante para uma empresa que quer reduzir os gastos e se tornar sustentável”. Em São Paulo, as declarações de emissão de GEEs devem ser encaminhadas à CETESB anualmente até o dia 30 de abril, de modo a compreender o período entre janeiro e dezembro do ano anterior.

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