Menos CO2, para já!

Temos de agir agora para honrar o compromisso de reduzir emissões em 40% até 2020

Por Fernando de Barros

As mudanças climáticas estão à vista de todos. Nosso planeta está mudando para pior, em função das ações humanas. Despejamos milhões de toneladas de CO2 na atmosfera e, como já falamos anteriormente, ela é como a casca da cebola, bem fininha. A atmosfera da Terra tem 12 km de espessura para um diâmetro de 13 mil km.

Não obstante, entulhamos nela todos os tipos de gases provenientes de nossas atividades humanas, em especial o gás carbônico (CO2) emitido pelos milhões de automóveis e pela indústria e o gás metano (CH4) proveniente dos lixões, além do CO2 gerado pela energia elétrica na Europa e EUA. Há também outros gases, definidos pelas Nações Unidas, genericamente, como GEE.

Para enfrentar este grave problema, a ONU tem promovido as Conferências Mundiais do Clima, por meio das quais se tenta negociar um acordo para reduzir as emissões de gases, com o objetivo de limitar em dois graus Celsius o aumento da temperatura no Planeta e, com isso, se evitar um caos na nossa vida e na de vegetais e animais.

No Brasil, Política Nacional de Mudanças Climáticas estabelece meta voluntária de redução de cerca de 40% das emissões projetadas até 2020. Logo, todos nós temos que dar contribuição para alcançarmos esse objetivo – compromissado pelo país junto à comunidade internacional.

Para chegarmos àquela redução, a proposta que nos parece mais plausível é o desenvolvimento de atividades de baixo carbono, a partir da implantação de programas de eficiência energética, a redução do uso de carvão vegetal, o incentivo do uso do aquecimento solar, a substituição do HCFC das geladeiras, a ampliação da reciclagem de resíduos.

E, ainda, a adoção de práticas sustentáveis no campo – o fim da queima da cana, a recuperação de pastos degradados, adoção do plantio direto, estímulo à agricultura familiar. Medidas concretas como essas são capazes de evitar a emissão de bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

Além disso, com a nova Política Nacional de Mudanças Climáticas, a perspectiva é de que o Brasil reduza a perda líquida de cobertura florestal, dobre a área plantada para 11 milhões de hectares até 2020, faça o inventário florestal nacional e combata o uso de madeira ilegal na construção civil.

Somente alcançaremos a meta estipulada em nossa legislação federal se as empresas iniciarem o inventário de emissões de GEE o mais breve possível, estabelecendo um programa de redução de emissões e compensando o que ainda for emitido com programas de plantio de árvores. Isto é pra já. Pena que ainda poucos saibam disto.

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