Master Ambiental elabora Plano de Manejo em Parques de Cambé

Estudos objetivam a conservação da biodiversidade e proteção de mananciais

plano de manejoOs Planos de Manejo de dois parques municipais de Cambé, PR, estão em elaboração pela Master Ambiental. As Unidades de Conservação (UC), com aproximadamente 10 hectares cada, área equivalente a cerca de 10 campos de futebol, são considerados de pequeno porte.

O Parque Natural Municipal Peroba Rosa, localizado dentro do perímetro urbano de Cambé, fica próximo à nascente do Ribeirão Jacutinga, que atravessa Londrina e é manancial de abastecimento público de Ibiporã.

O outro fragmento florestal é o Parque Natural Municipal Danziger Hof, situado na região sul de Cambe, às margens da BR-369. Por ele passa o Ribeirão São Domingos, pertencente à Bacia Hidrográfica do Ribeirão Cafezal, que, por sua vez, abastece Londrina.

Para realizar o Plano de Manejo, o primeiro passo é conhecer os fragmentos, identificando as espécies de fauna e flora do local. Após o diagnóstico, devem ser propostas medidas de conservação da biodiversidade, além de programas de educação ambiental, visitação e trilhas ecológicas.

Os Planos de Manejo são um instrumento necessário para as Unidades de Conservação conforme a Lei Federal nº 9.985/2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

“O Plano de Manejo dá uma visão do futuro da unidade, indicando formas de preservar as potencialidades do local”, explica o biólogo e consultor da Master Ambiental Eduardo Panachão.

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Ele lembra a importância da participação da comunidade do entorno, que pode utilizar os parques para o lazer e a prática de esportes em contato com a natureza. “É uma forma de valorizar essas áreas e levar o legado da conservação para a sociedade”, salienta.

O mecanismo de incentivo para as Prefeituras com Unidades de Conservação consiste na repartição pelo governo estadual de cinco por cento da arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com o objetivo de aplicação da receita em projetos ambientais.Panachão também destaca que implementar uma Unidade de Conservação é uma forma de o Município sede receber o ICMS Ecológico, cuja legislação do Paraná foi pioneira.

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Parque Natural Municipal Peroba Rosa

Segundo o biólogo, o Parque Peroba Rosa reserva espécies de flora nativas, entre elas figueiras e perobas – que conferem o nome ao parque e são consideradas símbolo do norte do Paraná. “A Peroba já foi muito utilizada para construir casas, por isso está ameaçada de extinção”, observa.

No entanto, a proximidade entre a área urbana e o Parque, que permanece isolado de outras áreas, traz prejuízos. “Os animais não conseguem migrar entre outros fragmentos, já que não há conexão entre eles”, avalia.

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Parque Natural Municipal Dazinger Hof

Embora localizado em meio a propriedades rurais e abrigo de árvores de espécies representativas como Alecrim e Canjarana, o Parque Dazinger Hof revela uma vegetação em estágio intermediário de conservação. O parque sofre pressão devido à proximidade com a rodovia BR 369, pois o ruído afugenta animais, especialmente pássaros. Outros impactos são provocados por pescadores e caçadores que ainda frequentam o local sem autorização.

Apesar disso, a presença do Ribeirão São Domingos no parque permite que animais transitem seguindo as margens do curso d’água que também cruza outros fragmentos florestais, como o Jardim Botânico de Londrina e o Parque Municipal Arthur Thomas, Unidade de Conservação londrinense.

Para permitir esse fluxo que é tão importante a conexão entre os fragmentos florestais. É a função dos corredores de biodiversidade, a serem formados pelas matas ciliares dos rios, propiciando habitat seguro para o trânsito dos animais e proteção da biodiversidade. “Para isso, os vizinhos ao Parque Danziger Hof têm que plantar as matas ciliares e inserir espécies de valor ecológico para enriquecer a área”, destaca o biólogo.

O diferencial do Parque é o valor histórico de duas casas de madeira retiradas da área urbana de Cambé e reinstaladas no local. Além disso, as trilhas ecológicas já delimitadas são um convite para comunidade apreciar as espécies nativas e observar as casas, típicas da época dos pioneiros da região norte do Paraná.

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