Questão de atitude

Podemos ajudar a poupar o planeta até na hora de comprar alimentos

Por Fernando de Barros

Como, na hora de comprar alimentos, posso poupar o planeta? Eis aí algo realmente importante para a gente refletir. No momento de comprarmos carne, por exemplo, devemos questionar no açougue quem são os fornecedores. Precisamos ter certeza de que a mercadoria não venha de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia.

Alguns frigoríficos fornecem um código de rastreamento que mostra, pela internet, informações e fotos da origem do alimento. Dá pra consultar na hora da compra até pelo celular.

Na compra de produtos orgânicos, oriente-se pelos selos de certificação. Em janeiro de 2011 entrou em vigor uma lei que permite que o Ministério da Agricultura certifique os produtores com o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica. Cobre de seu fornecedor o selo. Reconheço que não é algo cômodo, ficar cobrando esse tipo de coisa. Mas é de suma importância para o planeta.

Produtos embalados em papel e vidro impactam menos o meio ambiente do que aqueles em plásticos e isopor. Prefira frutas, verduras e legumes locais, pois eles emitem menos gases de efeito estufa no transporte. E opte por produtos da época, que consomem menos água para serem produzidos.

Quantos aos produtos de origem marinha, já temos muitos deles com selos de certificação, como o Dolphin Safe e o Friend of the Sea. Eles nos ajudam a comprar com critério. E atestam que a pesca é feita de forma sustentável, que não há captura de espécies ameaçadas durante a atividade e que as empresas que os comercializam têm projetos de responsabilidade social.

Isto é muito importante, pois todos os anos 78 milhões de toneladas de peixes e frutos do mar são capturados no mundo, quantidade insustentável que ameaça a vida marinha. Para ajudar a evitar o colapso, varie o cardápio, pois ajuda a diminuir a pressão sobre estas espécies.

A lagosta, o lagostim, o atum e o badejo são espécies com estoques críticos pelo excesso de pesca, enquanto o badejo-tigre e o mero estão com a pesca proibida pelo IBAMA por estarem em processo de extinção, sendo proibidas para o consumo.

O mexilhão, a anchova, o polvo, a sardinha e o linguado são espécies em declínio em função da atividade pesqueira. Por outro lado, temos várias espécies abundantes como a lula, o robalo, o salmão, a manjuba e o camarão rosa, que podem ser apreciados sem culpa.

É interessante este tema. Achávamos que a nossa opção de compra dos alimentos não gerava impactos sobre o planeta, mas agora podemos refletir e agir pelo bem da natureza e do homem.

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