Abastecimento no campo

por Fernando de Barros

Nestes casos, o tanque deve ser aéreo. Há necessidade, em seu entorno, de uma bacia estanque para que, no caso de vazamento de combustível, haja a contenção do material, para evitar o derramamento e a contaminação do solo. O planejamento de nossas atividades, sob o ponto de vista ambiental, deve, em primeiro lugar, prevenir a ocorrência de acidentes; e, em segundo lugar, preparar planos de controle para limitar os danos no caso de algum problema.

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Licença ambiental obrigatória

por Fernando de Barros

Muitos empresários que desconhecem os riscos de poluição de seus estabelecimentos têm dificuldade para compreender porque têm que licenciar no órgão ambiental sua atividade empresarial. Não o fazem por má fé, mas por falta de conhecimento do que seja impacto ambiental ou poluição. Acham que poluição é quando ocorre mortandade de peixes por algum vazamento ou quando a poluição é muito visível ou agressiva, como acabamos de ver no Golfo do México.

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Outorga de poços

por Fernando de Barros

“Quer dizer que para usar água de rio que passa em minha propriedade eu preciso de autorização? Só faltava essa agora!” Essa é a queixa que se ouve de muitos produtores atualmente. Para respondê-la, lembremos alguns dados. Primeiro: apesar do planeta ter água em 70% de sua superfície, a maior parte desse volume (97,5%) encontra-se nos mares e oceanos. Trata-se de água salgada, imprópria para o consumo humano e produção de alimentos. E os 2,5% restantes de água também não estão inteiramente disponíveis para o uso: a maior parte (68,9%) encontra-se nas calotas polares e geleiras, 29,9% constituem as águas subterrâneas e 0,9% são relativas à umidade dos solos e pântanos. Ou seja, as águas doces de rios e lagos, próprias para aproveitamento humano, representam apenas 0,3% do total de água do planeta.

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A regularização ambiental de uma propriedade rural

por Fernando de Barros

Para começar a regularização ambiental de uma propriedade rural, o primeiro passo é fazer o georreferenciamento com vistas à sua inscrição no INCRA. O Brasil optou por digitalizar todas as propriedades rurais de seu território com o propósito de, num futuro breve, reduzir ao mínimo as divergências quanto ao limites das propriedades.

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É hora de virar o jogo

por Fernando de Barros

Formei-me em 1973, portanto há 37 anos, na PUC-RJ, em Engenharia Civil. Na época, os engenheiros ainda eram treinados para “domar a natureza”: abrir estradas, limpar o terreno e erguer as obras – o que importava era o desenvolvimento. Em minha formação, quase nada se comentou sobre os impactos de nossa atividade no meio ambiente. Não se pensava sobre isso naquele tempo. Na vida profissional do engenheiro de obras, as árvores eram – e, para muitos, ainda são – um obstáculo a ser vencido. Em nossos barracões, sempre havia dois ou três machados, que eram utilizados com grande freqüência sem a menor cerimônia ou sentimento de culpa.

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Resíduos no campo

Orgânicos viram adubo, o que reduz custos e aumenta a rentabilidade

por Fernando de Barros

Em toda propriedade rural há grande geração de resíduos: são embalagens, latas, caixas, sobras de alimento, resíduos de banheiros, seringas e material para inseminação artificial de animais, restos de medicamentos e de placenta, resíduos perigosos de agrotóxicos, de óleo para motor, de combustíveis para veículos e máquinas, dentre outros.

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Matas ciliares

Sistema vegetal ciliar é um aliado do produtor na busca pelo desenvolvimento

por Fernando de Barros

Se você tiver alguma dúvida sobre a importância das matas ciliares, recomendo um exercício interessante: vá à prefeitura e peça para ver os mapas de Londrina elaborados em papel vegetal e tinta nankin pelo desenhista Joaquim Capelo nos anos 1960. Depois, confronte esses mapas, onde aparecem, com destaque, os rios da cidade, com imagens atuais do satélite Google Earth. Você ficará – como eu fiquei – impressionado: muitos cursos d’água que constam dos mapas antigos não existem mais.

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Aquele que tem o que não precisa é ladrão

Consumir apenas por consumir fere princípios fundamentais, como os de Ghandi

por Fernando de Barros

“Todo aquele que tem coisas de que não precisa é ladrão”. Esta frase, de autoria de Mahatma Gandhi, líder e pacifista que lutou pela independência da Índia, é forte, mas faz com que reflitamos sobre a onda tresloucada de consumo que estamos vivendo. Obviamente que não é ladrão por que roubou, mas porque, por não necessitá-la, está inviabilizando a utilidade de uma matéria prima que pegamos na natureza e que faltará para outro cidadão do planeta.

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Água embutida

Fernando de Barros

Estas contas normalmente não fazemos, na verdade nunca nos importamos com isto, porem já passou da hora de nos preocuparmos, pois a crise mundial da água também vai chegar ao Brasil.

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Temos que pedir perdão às futuras gerações

Nós, engenheiros, fazíamos tudo. Agora, conscientes, precisamos certificar nossas obras

Fernando de Barros

Quando fazemos coisas que não são proibidas nem pela legislação nacional nem pela ética, cremos que estamos fazendo o certo. Porém, desde que me formei na PUC-RJ, em 1973, ao atuar como engenheiro, construí de tudo: conjuntos residenciais, indústrias, hospitais e grandes empreendimentos comerciais, pontes e estradas. Para cumprir minha missão, comprava do Paraná pelo menos três caminhões de madeira toda semana, durante mais de 15 anos. Eram peças de peroba rosa para fazer telhados ou para sustentar formas de concreto armado, tábuas de pinho para fazer formas nas obras, e cedro e canela para fazer esquadrias. Somente em 2002, quando vim ao Paraná, percebi que tinha contribuído para o desaparecimento de milhares de árvores centenárias.

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